Afinal, é possível ser feliz no trabalho?

 

Sim, é possível ser feliz no trabalho. Se você já encontra satisfação na sua vida profissional, isso pode parecer óbvio, mas não são poucos os que encaram essa frase com desconfiança. 

 

Para muita gente, o trabalho é apenas uma obrigação que se cumpre para poder sustentar as despesas mensais. Não há qualquer tipo de prazer envolvido. 

 

Se o seu caso é este, é preciso se mover, e o primeiro passo tem a ver com autoconhecimento. Você sabe o que quer? Sabe onde quer chegar? 

 

É preciso fazer estes questionamentos sempre. Quem sabe o que quer na vida tem sempre uma referência para entender se o caminho, ainda que penoso, leva ao lugar certo. 

 

Lembre-se do que motivou suas escolhas anteriores. Pense em que missão você procurava cumprir para chegar onde chegou e onde foi que essas escolhas se perderam.

 

Enfim, pratique o autoconhecimento. Quanto mais você souber sobre si mesmo, mais perto estará de encontrar o que te faz feliz. 

 

Agora, se você já sabe o que quer mas ainda não conseguiu colocar em prática, é hora de traçar uma estratégia. É fundamental ter um plano, mesmo que leve tempo até que ele se concretize. 

 

Quando temos uma estratégia bem definida, podemos partir para a ação, estudando a área, fazendo uma rede de contatos mais sólida, praticando habilidades. E é nisto que consiste o terceiro passo: a execução do plano. 

 

Quem se conhece, traça uma estratégia e a coloca em prática pode virar o jogo e atingir aquilo que quer: ser feliz no trabalho. 

 

Com confiança, persistência e atitude, você vai chegar lá! 

Diversidade de pensamento entre colaboradores é vantagem para empresas

 

Boa parte das empresas já se deu conta de que promover a diversidade de gênero, raça e orientação sexual em seu quadro de colaboradores faz bem. O resultado é positivo não apenas por melhorar a imagem pública da empresa, mas também do ponto de vista prático. A pluralidade é produtiva e faz com que as companhias cresçam. 

 

Agora, o mercado precisa se atentar para outro ponto, especialmente importante nos dias de hoje: a diversidade de pensamento. 

 

A pluralidade também é positiva no que diz respeito ao modo como os colaboradores enxergam o mundo ao seu redor. Ela tende a promover um diálogo mais qualificado e frutífero. 

 

Esse tipo de política costuma encontrar resistência em muitas organizações. Primeiro, pois a diversidade de pensamento não é percebida facilmente. O segundo motivo é que gestores tendem a preferir contratar pessoas que têm opiniões semelhantes às deles. 

 

A homogeneidade de ideias reduz as chances de a companhia compreender a fundo o mercado em que atua. O mundo é feito de pessoas de diversas opiniões, e isso é bom. Para atuar neste universo, a empresa tem de ser composta pelas várias matizes de pensamento também. 

 

Quando debatemos com pessoas que pensam de maneira diferente, precisamos nos preparar melhor, com argumentos e dados. Por outro lado, quando lidamos com pessoas que sempre concordam com o que dizemos, podemos abrir mão disso. 

 

O mundo está muito dividido. As companhias que souberem aproveitar da multiplicidade de opiniões sairá na frente da concorrência sempre. 

Como serão os próximos 50 anos do mercado de materiais didáticos?

 

 

 

 

O fim da separação por disciplinas, mudanças no papel de professores e a consolidação da revolução digital são algumas das previsões de Ângelo Xavier, Diretor Geral de Educação da Moderna, para os próximos 50 anos no mercado de materiais didáticos. 

 

 

Para Xavier, os professores já exercem uma função muito diferente do que faziam há 50 anos. E a transformação tende a se intensificar. 

 

"Antes era ele quem transferia o conhecimento, e o material didático tinha a responsabilidade de apoiá-lo nessa missão. Hoje, o professor já nãé visto como aquele que detém a informação, mas como o mediador do conhecimento para uma geração que nasceu conectada à Internet e que aprendeu a estudar de uma nova forma”, afirma. 

 

No que diz respeito à separação das disciplinas, Xavier acredita que os conteúdos serão cada vez mais interdisciplinares e descentralizados. "Se o professor quiser falar sobre moléculas, o conteúdo estará disponível em um laboratório, um portal e até mesmo na forma de holograma do químico que desenvolveu um estudo pertinente ao tema – a influência da realidade virtual é uma certeza desde já.” 

 

Portanto, na opinião de Xavier, caberá ao material didático agregar os conteúdos de diferentes fontes, que hoje estão disponíveis com enorme facilidade de acesso. 

 

O diretor afirma ainda que a Editora Moderna precisa estreitar a relação com as famílias dos estudantes. 

 

"Tudo isso vai demandar da Editora ainda mais capacidade de pesquisa e curadoria de conteúdo. Ainda teremos um núcleo editorial sólido, mas é provável que busquemos em qualquer parte do mundo os especialistas que dominam determinado assunto para escrever sobre ele”, diz. 

 

Em relação aos métodos de produção, faz uma previsão arriscada: "Ouso dizer que não teremos mais livro de papel. E arriscaria dizer que o modelo de negócio de assinatura seria uma alternativa plausível para esse novo – e ainda desconhecido – mundo para o qual caminhamos.

“Nunca me senti no mesmo lugar”, diz a colaboradora mais antiga da Moderna

 

 

 

 

Maristela Petrilli acompanhou a maior parte dos 50 anos de história da Editora Moderna. Mas ainda assim, sente que trabalhou em diversas empresas ao longo da carreira. 

 

 

"Nesses 42 anos de Moderna, nunca me senti no mesmo lugartamanha a capacidade de renovação da empresa. Não há rotina. Cada original que cai nas minhas mãos é um outro começo”, conta a diretora editorial de Literatura, mais antiga colaboradora da Moderna.

 

Em 1976, Maristela chegou ao sobrado na Vila Mariana que então a editora ocupava, para trabalhar como revisora. Passou por diversos cargos, como preparadora e assistente editorial, até chegar à direção. 

 

Desde então, acumulou inúmeros momentos marcantes na Moderna. Ressalta as Bienais de 1984, os lançamentos de autores como Mário Lago e Pedro Bloch e as conversas com José Saramago em um Congresso do Grupo Prisa. 

 

Foi emocionante quando o Saramago, que era a principal figura do almoço oferecido pela Santillana para algumas autoridades, se dirigiu à nossa mesa para conhecer a equipe de editoras e acabou comendo conosco. Falamos de Literatura, de Portugal e do Brasil”, recorda.

 

Lembra ainda dos lançamentos do escritor infantojuvenil Pedro Bandeira, autor de dezenas de títulos e referência brasileira no gênero. 

 

Entre as passagens mais emocionantes de sua longa carreira na Moderna, Maristela recorda os versos que o autor Braguinha criou para ela: "Vai vai vai que a vida não tem BIS, agarra tua estrela, o que importa é ser feliz”. 

 

Para o futuro, promete: a Moderna não perderá o foco da literatura infantojuvenil, mas sempre comprometida com a inovação. 

50 anos a favor da educação

 

 

 

 

Com o compromisso de educar as gerações de brasileiros para os desafios do futuro, a Editora Moderna completa 50 anos de uma rica trajetória. 

Aos 90 anos de idade, o fundador da editora, Ricardo Feltre, explica como a Moderna atravessou todos os períodos de instabilidade no Brasil nestas cinco décadas, para se firmar como referência em livros didáticos no país. 

 

Confira trechos da entrevista de Ricardo Feltre à revista EDUCATRIX: 

 

  1. Como nasceu a Moderna?

Ricardo Feltre - A Editora Moderna foi fundada em 22 de outubro de 1968 pelos professores Carlos Marmo, Setsuo Yoshinaga e por mim. Nós dávamos aulas em um cursinho pré-vestibular. Na época, os cursinhos não tinham apostila. 

Nós três já produzíamos material para nossas aulas. Então, pensamos: se funciona e os alunos gostam, por que não transformar em livro? Yoshinaga e eu fizemos o volume 1 de um projeto de Química em quatro volumes, que depois passamos para três, um para cada ano do Ensino Médio. Vendemos os primeiros exemplares meio experimentalmente, mas logo percebemos o potencial. Então fundamos a Moderna para legalizar as vendas dos livros.

 

E - O senhor considera que o livro didático da Moderna foi uma inovação na época?

 

RF -Em geral, as escolas não tinham esquadro, mapas, projetor, essas coisas. O material era essencialmente o livro didático. Desde o primeiro livro, a nossa preocupação foi não exagerar no conteúdo. Houve uma preocupação genuína para dividir os conteúdos em blocos coerentes, que fizessem sentido e fossem intercalados com questionários. A principal inovação, se assim podemos chamar, foi a inclusão de uma quantidade maior de exercícios de fixação. No caso da Moderna, outra novidade foi a organização em três volumes, um para cada ano do Ensino Médio. Hoje parece óbvio, mas na época foi uma inovação e tanto.

 

EComo era o processo de criação de um livro didático há 50 anos?

 

RF - Em qualquer editora, o caminho desde a ideia inicial até a materialização do livro é longo e passa por etapas essenciais: acertar o assunto de interesse dos leitores/professores; ter autores competentes; ter colaboradores experientes e atualizados com as necessidades do mercado, que editem o texto inicial e adequem aos alunos; elaborar um projeto gráfico atraente; consolidar formatos e a qualidade da matéria-prima etc. Enfim, ter em mente uma série de atributos que torne aquele livro indispensável na visão dos professores – nossos maiores parceiros na adoção dos materiais didáticos. 

Em termos da produção e distribuição, as mudanças são gigantescas. Quando a Moderna nasceu não existia computador, era tudo feito à mão, os recursos gráficos eram limitados. Essa transição contou muito com a entrada dos meus filhos Ricardo Arissa Feltre e Eduardo Arissa Feltre na equipe de colaboradores.

Dessa época, eu lembro bem do Eduardo dizendo: “Vamos fazer tudo no computador”. Eu dizia “Eduardo, não dá”. Ele insistia e, então, a gente brigava. No final, o tempo provou que o Eduardo estava certo.

 

E– Como foi a consolidação da Moderna no mercado brasileiro? 

 

RF - A década de 1980 foi generosa com a Moderna. A empresa se consolidou e ficou conhecida e respeitada em todo o país, tanto no segmento de didáticos quanto na literatura infantojuvenil. 

 

E - Quais foram as principais crises que a Moderna enfrentou?

 

RF - A primeira crise foi o choque no preço do petróleo, que entre 1973 e 1974 subiu de US$3 para US$12. Isso se refletiu, na mesma proporção, no preço do papel para impressão gráfica.

Mas sobrevivemos, com o grande esforço de nossos colaboradores internos e o apoio dos parceiros externos.

Outro golpe violento veio em 1990, quando o Collor, imediatamente após a sua posse na presidência da República, congelou todos os depósitos bancários de pessoas físicas e jurídicas. O Brasil estava sem dinheiro! 

A gente teve de improvisar. Eu sumi da editora, peguei o carro e conheci todas as livrarias do estado de São Paulo. Correndo atrás de dinheiro. Aproveitei para conhecer o pessoal também, mas estava fazendo caixa, trocando na hora, dando desconto. 

Lembro que nesse momento o manuscrito do meu livro, Fundamentos da Química, estava pronto. Quando o Collor tirou todo o dinheiro da gente, a editora não podia pagar ninguém. Então, reuni os colaboradores e o livro foi feito na raça, todo digitado e montado internamente. Os desenhos foram feitos à mão, em nanquim. 

 

E - Qual é a lembrança mais bonita que o senhor guarda da Moderna?

 

RF - O que sempre me emociona é pensar como a Moderna foi crescendo pouco a pouco, com juízo, junto com todos os colaboradores e fornecedores. Com isso, formamos uma família, conseguimos atravessar todas aquelas crises, alta do dólar, Plano Collor, inflação absurda. Não sei se tivemos sorte ou se foi resultado do trabalho. Só sei que foi uma trajetória difícil, mas muito bonita.